segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Adilson Batista admite escalar Ronaldo no domingo


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do grande dia (Eliária Andrade / Agência O Globo))))
Depois de quase quatro meses sem atuar, Ronaldo tem grandes possibilidades de retornar aos gramados no próximo domingo, quando o Corinthians enfrenta o Vitória, no Pacaembu, pela 17ª rodada do Brasileirão. O treinador Adilson Batista considera bem possível a escalação do atleta, que não joga desde 9 de maio. E elogiou o esforço do atacante nos treinamentos.
- Vejo uma dedicação, um empenho, vejo que ele está querendo (voltar) (...) Ele já perdeu (peso). Essa semana melhorou - afirmou Adilson em entrevista ao programa "Bem, Amigos!".
Com o possível retorno de Ronaldo, o técnico admite escalar a equipe no esquema 4-3-3. Com o Fenômeno atuando ao lado de Jorge Henrique e Dentinho ou Iarley.
Substituto de Mano Menezes no clube, Adilson afirmou que "mudou pouca coisa" em relação à linha adotada no time pelo atual treinador da seleção brasileira.
- Adiantei um pouquinho o Elias. Eu tinha pedido a contratação dele pelo Cruzeiro. Às vezes, você inverte um pouco o lado. O Jorge (Henrique), dependendo do jogo. Dá mais liberdade para o Bruno (César). Pouca coisa - disse.
Um dia depois da excelente atuação da equipe diante do São Paulo, Adilson Batista reservou muitos elogios para Elias, autor de dois gols na vitória por 3 a 0. E o comparou a Ramires, com quem trabalhou no Cruzeiro.
- Vejo o Elias com um potencial enorme. Parecido com o Ramires. Com a técnica apurada. Com o raciocínio rápido. Finalização melhor. Ramires leva vantagem no condicionamento físico - analisou.

Jorge Henrique: ‘Se não fosse o ótimo goleiro que eles têm, seriam uns seis’


'Se não fosse Rogério Ceni, seriam uns seis' (AE)
Um dos destaques do Corinthians na vitória por 3 a 0 sobre o São Paulo, neste domingo, pela 15ª rodada do Brasileirão, Jorge Henrique não tem dúvidas em afirmar que, graças ao goleiro Rogério Ceni, o Tricolor do Morumbi não saiu do Pacaembu goleado:
- Se não fosse o ótimo goleiro que eles têm, seriam uns seis – disse ao programa ‘Arena SporTV’.
No intervalo do clássico deste domingo, ao ser questionado sobre a partida, o lateral Roberto Carlos afirmou que o Corinthians não estava deixando o São Paulo jogar. Jorge Henrique concorda:
- Foi o nosso posicionamento. Treinamos forte, imprimimos nosso ritmo e conseguimos colocar em prática o que fizemos.
No entanto, o atacante concorda que por vezes o time sente a falta de um homem de referência na área:
- É um pouquinho complicado, pois eu, Iarley, Dentinho, caímos muito pela ponta, mas tenho certeza que o Ronaldo vai voltar.
Jorge Henrique explica o que mudou desde quando Adilson Batista assumiu o comando do time na vaga de Mano Menezes, que deixou o clube para ser o treinador da Seleção Brasileira:
- O Adilson pede para, quando perder a bola, não se lamentar e voltar rápido, isso também nas finalizações, e procurar recompor rápido. Os treinos em campo reduzido também estão ajudando bastante. Desta forma fica mais fácil, até porque estou mais descansado e posso usar mais a velocidade. Dá para atacar e voltar ao meio para marcar.
E por falar em Seleção Brasileira, Jorge Henrique, assim como praticamente todo o elenco corintiano, vive a expectativa de ser chamado, até porque Mano Menezes conhece todos eles:
- Não só eu como todos. Mas nem se toca no assunto dentro da concentração, procuramos viver o Campeonato Brasileiro. Se jogarmos bem, seremos lembrados.
Se dentro de casa o Corinthians já venceu em oito oportunidades neste Brasileirão, fora de casa só tem um triunfo. Para o atacante, a equipe tem que ser mais ousada, assim como faz no Pacaembu.
- Temos que ser mais ousados fora de casa. Tenho certeza que, diante do Cruzeiro, vamos jogar bem e conseguir um grande resultado. A torcida é fundamental. Quando jogamos fora sentimos um pouco a falta do torcedor.
Quanto a mais um retorno de Ronaldo, o atacante garante que o elenco confia na recuperação do centroavante:
- Não é fácil. As dores no púbis atrapalham, mas quando ele voltar pode ter a certeza que terá um monte de garotos correndo pra ele. Fiquei sabendo através do Twitter que ele vem pedindo apoio dos torcedores. Vamos conversar, nos reunir e pedir para que continue por pelo menos mais dois anos.

Felipão volta atrás e é categórico ao rejeitar volta de Rivaldo ao Palmeiras

Rivaldo, no  Bunyodkor do Uzbequistão


Parece que, depois de muita insistência no assunto, Luiz Felipe Scolari colocou um ponto final no assunto Rivaldo. Desde que assumiu o Palmeiras, o técnico tem sido questionado sobre um possível retorno do atleta de 38 anos ao clube, por ter um bom relacionamento com ele, com quem já trabalhou na Seleção Brasileira de 2002 e no Bunyodkor, do Uzbequistão.
Depois de demonstrar surpresa com a presença do meia no Pacaembu, no triunfo por 3 a 0 sobre o Vitória, que rendeu a classificação do Verdão para a próxima fase da Copa Sul-Americana, Felipão deixou no ar que entraria em contato com o jogador para, quem sabe, conversar sobre o assunto. Porém, após o empate em 0 a 0 para o Guarani neste domingo, no Brinco de Ouro, o técnico foi categórico:
- Não, não conversei com ele. É um bom retorno como amigo, mas não vou contratar mais ninguém – afirmou o treinador.
Mais uma vez, a justificativa para deixar de lado um dos ídolos da torcida palmeirense da geração de 1994, quando foi campeão Brasileiro pelo clube, foi a mesma: o físico.
- O futebol tem um ritmo muito acelerado. Eu mandei um email para ele, vai ser muito difícil ele entrar nesse ritmo do Brasil. O torcedor pode alimentar sonhos, mas não vai acontecer nada – concluiu.

Palmeiras festeja 96 anos sonhando com o seu novo estádio

maquete da arena do Palmeiras durante festaA maquete da Arena do Palmeiras foi apresentada durante a festa pelos 96 anos de fundação do clube, realizada em um buffet na Zona Sul de São Paulo, na noite desta segunda-feira. A diretoria planeja começar as obras no Palestra Itália na primeira quinzena de setembro, mas isso ainda depende da liberação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que pediu alguns ajustes no projeto (Foto: Julyana Travaglia / GLOBOESPORTE.COM)

Peixe vai mandar jogos contra Goiás e Botafogo no Pacaembu


Luis Álvaro, Santos
O Santos vai mandar seus jogos contra o Goiás, no próximo sábado, e contra o Botafogo, no dia 9 de setembro, no Pacaembu. A diretoria do clube paulista solicitou a mudança à CBF para dar aos santistas que moram na capital paulista a chance de ver a equipe sem precisar descer a Serra do Mar.
Durante sua campanha para as eleições santistas, no ano passado, o presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro assumiu o compromisso de que alguns jogos da equipe que seriam disputados no Pacaembu. Muitos dos votos que o elegeram vieram de associados que moram na capital paulista.

Entre os jogos contra a equipe goiana e a carioca, o Peixe atuará na Vila Belmiro contra o Avaí, dia 2 de setembro.

Apresentado pelo Peixe, Possebon rejeita rótulo de substituto de Wesley


Rodrigo Possebon é apresentado no Santos
O volante Rodrigo Possebon foi apresentado pelo Santos nesta segunda-feira, rejeitando o rótulo de “substituto de Wesley”. Quando anunciou a contratação do jogador, na última quinta-feira, o presidente santista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, havia dito que o clube havia compensado, com a contratação de Possebon, a saída de Wesley, que se transferiu para o Werder Bremen (Alemanha).
- Chego para fazer o meu trabalho. Essa coisa de substituir ou comparar não é para mim - afirmou o jogador.
Aos 21 anos, o volante volta ao Brasil depois de quatro temporadas na Europa. Revelado pelo Internacional, Possebon oi comprado pelo Manchester United em 2006, quando tinha apenas 17 anos. No ano passado,  teve uma rápida passagem pelo Sporting Braga (Portugal) e retornou para o United.
- Foi uma experiência espetacular jogar no Manchester tão novo. Agora, estou no Santos. O clube me apresentou um projeto muito bom. Não pensei duas vezes. Tenho certeza que vou triunfar aqui – disse, confiante.

Possebon assinou com o Peixe por quatro anos. O clube adquiriu 30% dos direitos sobre o jogador. Daqui a um ano, tem opção de comprar mais 25%. Para isso, terá que pagar 550 mil euros.

O reforço santista está inscrito no Campeonato Brasileiro. Ele explica que fez a pré-temporada com o Manchester, participou de amistosos e, por isso, está bem para estrear.

Paulo Autuori e Antônio Lopes são preferidos para assumir o São Paulo


montagem Paulo Autuori e Antônio Lopes
Se a diretoria do São Paulo sonhava que Sérgio Baresi poderia se tornar uma nova versão do flamenguista Andrade, que assumiu interinamente a equipe em 2009 e conquistou o Campeonato Brasileiro, isso não acontecerá. Ele só ficará até que a diretoria contrate um novo técnico em caráter de urgência. Dois nomes estão na lista dos cartolas do Morumbi: Paulo Autuori e Antônio Lopes.
A primeira opção é Paulo Autuori, que chegaria com o apoio da torcida, já que foi campeão da Liberadores e do Mundial de Clubes pela equipe do Morumbi. Atualmente no Al-Rayyan (Catar), o treinador, no entanto, necessita de um acerto financeiro para voltar para o futebol brasileiro. Quando ele assinou com o clube do Oriente Médio, recebeu uma quantia de luvas. Para sair, teria de devolver esse valor. E é exatamente isso que ainda não permitiu que o negócio fosse fechado. A princípio, o São Paulo não estaria disposto a arcar com essa quantia. Mas o péssimo momento da equipe no Campeonato Brasileiro pode fazer com que os dirigentes mudem de ideia. Já Antônio Lopes seria a opção mais fácil porque está no Avaí, embora seu contrato também possua multa.
Em entrevista concedida na tarde desta segunda-feira, o vice-presidente de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, disse que, a princípio Sérgio Baresi comandará a equipe na partida de quarta, contra o Vasco.
- Posso dizer agora que ele será o técnico contra o Vasco – resumiu o dirigente.
Na fala seguinte, no entanto, o dirigente deixou claro que o destino do interino já está traçado.
- Temos reconhecimento pelo trabalho do Baresi, ele tem qualidade. Só que talvez não seja o adequado para o momento. No futuro, ele poderá se tornar um grande técnico – ressaltou.

Torcedores protestam no CT, falam com atletas e se reúnem com diretor


A má fase do São Paulo no Campeonato Brasileiro – o time é o 15º colocado e está a apenas dois pontos da zona de rebaixamento – aliada à derrota de 3 a 0 sofrida para o rival Corinthians, na noite de domingo no Pacaembu, fizeram a torcida tricolor se revoltar. Nesta segunda-feira, durante a reapresentação do elenco, um grupo armou um protesto na porta do CT da Barra Funda e teve acesso para se reunir com o gerente de futebol, José Carlos dos Santos. 
Seguranças com torcida do São PauloTorcedores na porta do CT do São Paulo (Foto: Globoesporte.com)
Quem não foi para a "reunião" teve liberdade para seguir para a arquibancada do campo principal para protestar. Cinco atletas conversaram com esses torcedores: Cléber Santana, Alex Silva, Junior Cesar, Ricardo Oliveira e Jean. Mais que a péssima posição na tabela, a torcida quer cobrar uma postura diferente de alguns atletas, que, na visão deles, não estão se aplicando como deveriam. O mais xingado foi o volante Cléber Santana que, segundo alguns, foi visto em uma casa noturna na noite do úlltimo domingo, horas depois da derrota para o Corinthians. Dentro do CT, os seguranças do clube só observam a movimentação. Mas a Polícia Militar foi acionada para ajudar a tentar conter um possível tumulto.
Questionado sobre o ocorrido, o vice-presidente de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva disse que a atitude foi tomada para evitar problemas maiores.
 Ficar indiferente a esta realidade pode gerar algo pior do que deixá-los entrar. Parte da torcida veio manifestar, então tínhamos de ouví-los, daí na quarta-feira espero por uma manifestação positiva - afirmou o dirigente.
Na quarta-feira, o São Paulo recebe o Vasco no Morumbi, às 21h50m (de Brasília).
Ricardo Oliveira conversa com torcedores do São PauloRicardo Oliveira conversa com torcedores do São Paulo após o treino desta segunda (Foto: Ag. Estado)

domingo, 22 de agosto de 2010

Em noite dos volantes, Timão vence Tricolor no clássico e encosta no Flu


A torcida do Corinthians conta as horas para ver Ronaldo em ação novamente. Mas, neste domingo, os alvinegros não sentiram falta de seu grande ídolo na atualidade. Sob os olhares atentos de Mano Menezes, que esteve no Pacaembu, os volantes Elias (dois) e Jucilei tiveram uma noite inspirada e fizeram os gols da vitória por 3 a 0 no clássico contra o São Paulo, colocando o Timão a dois pontos do líder Fluminense. Agora, são dez jogos sem derrotas para o rival. Motivo de sobra para os gritos de “o freguês voltou!” e "olé" ecoarem pelas arquibancadas. (assista aos melhores momentos no vídeo ao lado).
O Timão subiu para 31 pontos, apenas dois a menos que os cariocas, que empataram com o Vasco, no Maracanã. Na próxima rodada, o Corinthians pega o Cruzeiro, quarta-feira, às 22h, em Uberlândia. Mais do que se manter na briga pelo quinto título nacional, o Corinthians curte a ótima fase em partidas diante do Tricolor. A última derrota no clássico majestoso aconteceu em 11 de fevereiro de 2007, quando foi batido por 3 a 1, pelo Paulistão. Neste período, foram seis vitórias alvinegras e quatro empates.
Já o São Paulo segue em turbulência desde a derrota na semifinal da Taça Libertadores. Além de mais uma atuação ruim, o time encosta perigosamente na zona do rebaixamento, aparecendo em 15º lugar, com 17 pontos, somente dois acima do grupo dos quatro que disputarão a Série B em 2011. Na quarta-feira, recebe o Vasco, às 22h, no Morumbi.
Timão encurrala o sonolento Tricolor
Sem um centroavante preso na área, o Corinthians apostou na velocidade de seus baixinhos para infernizar a defesa do São Paulo no início da partida. Com Jorge Henrique aberto pela direita, além de Elias e Bruno César encostando em Iarley, o Timão dominou os primeiros minutos e só não abriu o placar por uma ótima defesa de Rogério Ceni, aos sete minutos. Após confusão na área, William chutou e o goleiro espalmou no canto direito baixo.
Velocidade, aliás, foi o que faltou do outro lado. Com os gigantes Fernandão e Ricardo Oliveira, o São Paulo teve muita dificuldade para criar no campo de ataque. Marlos, única opção de armação, sofreu com a forte marcação feita por Ralf. O Tricolor quase marcou, aos 15, em falha do capitão William. Ele tentou driblar e perdeu a bola para Ricardo Oliveira. O atacante invadiu a área de frente para Julio Cesar, mas chutou para fora, perdendo grande chance.
O susto não impediu o Corinthians de continuar melhor. Jorge Henrique seguiu deitando e rolando nas costas de Junior Cesar pela esquerda. E foi por lá que o gol por muito pouco não saiu, aos 19, quando o atacante cruzou e Iarley desviou de cabeça por cima. Dois minutos mais tarde, a Fiel explodiu no Pacaembu. Elias avançou com rapidez pela intermediária, a marcação não encostou e ele soltou a bomba certeira, no canto esquerdo de Rogério.
jucilei corinthians gol são pauloJucilei comemora o terceiro gol do Corinthians no clássico do Pacaembu (Foto: Marcos Ribolli)

A vantagem fez o Corinthians diminuir o ímpeto e passar a controlar o jogo. O São Paulo pouco fez para reagir. Marlos e Cléber Santana não foram nem de longe os armadores esperados pelo técnico Sérgio Baresi e mostraram certa displicência em alguns lances. A melhor oportunidade de empatar surgiu aos 25. Rogério Ceni cobrou falta com perigo por cima do travessão de Julio Cesar.
No fim, aos 44 minutos, o Corinthians ainda teve tempo para ampliar a vantagem. Cléber Santana errou um toque de bola para trás e armou o ataque alvinegro. Jorge Henrique foi à linha de fundo e cruzou rasteiro. Elias apareceu entre os zagueiros para desviar e fechar o primeiro tempo com 2 a 0 para o Timão.
Jucilei fecha a vitória corintiana
Na volta do intervalo, Sérgio Baresi tentou mudar o comportamento do São Paulo com as entradas de Richarlyson e do garoto Marcelinho nas vagas de Rodrigo Souto e Marlos, respectivamente. Em vão. O Corinthians continuou melhor, dominando com tranquilidade e cada vez mais próximo de marcar o terceiro. Aos quatro minutos, Miranda quase fez contra ao desviar um cruzamento para trás.
A partir dos dez minutos, o São Paulo conseguiu a sair mais da defesa. Marcelinho apareceu bem na partida, com boa movimentação e criatividade. Foi dele, inclusive, um dos bom momentos da etapa complementar, aos 14, ao passar por um marcador na intermediária e chutar por cima da meta com perigo.
Aos 24, o Corinthians quase ampliou com um golaço. Jorge Henrique cruzou da direita e Bruno César pegou de voleio. Rogério Ceni voou e fez uma defesa maravilhosa. No lance seguinte, o terceiro gol alvinegro. Após a cobrança do escanteio, Jucilei subiu entre os defensores rivais e cabeceou no canto esquerdo.
O gol liquidou qualquer esperança de reação tricolor. Melhor para o Corinthians, que passou a tocar a bola e a gastar o tempo. Rogério Ceni ainda teve trabalho. Aos 41, Alessandro recebeu passe na marca do pênalti e bateu forte. O goleiro, com o braço esquerdo, operou um milagre e evitou um vexame maior.

Em Ipatinga, Vitória bate o Cruzeiro, que perde chance de entrar no G-4


O Cruzeiro desperdiçou mais uma chance de entrar para o G-4 do Campeonato Brasileiro. Neste domingo, no Ipatingão, com um golaço de Júnior, o Vitória derrotou o time celeste por 1 a 0, em partida válida pela 15ª rodada. Há três jogos sem vencer, a Raposa segue com 21 pontos, agora na oitava colocação. Já o Rubro-Negro baiano conseguiu seu primeiro triunfo fora de casa no Nacional e deu um salto na tabela. Com 20 pontos, a equipe entrou na zona de classificação da Copa Sul-Americana.
Na próxima rodada, o Cruzeiro volta suas atenções para o difícil duelo contra o vice-líder Corinthians, quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), no Parque do Sabiá, em Uberlândia. Já o Vitória recebe o Guarani, na quinta-feira, às 21h (de Brasília) no Barradão.

O jogo

O Cruzeiro começou a partida disposto a voltar a vencer como mandante e apagar a má impressão deixada pelas fracas atuações recentes dentro de casa. E logo no primeiro lance, Wellington Paulista mostrou que estava ligado. Ele roubou a bola de Anderson Martins e só foi parado com falta. A cobrança, porém, não levou perigo ao gol dos visitantes.
junior vitória gol cruzeiroJúnior comemora o gol da primeira vitória do Leão fora de casa (Foto: Pedro Vilela / Agância Estado)
A primeira finalização perigosa do time da casa foi do estreante da noite, Jones, contratado junto ao América-RJ. Ele tabelou com Montillo e chutou cruzado. Depois dos sustos, o Vitória conseguiu se acertar em campo e respondeu em duas oportunidades seguidas. Na primeira, o cruzeirense Henrique cortou errado, e Ricardo Conceição quase marcou. Na sequência, Edcarlos saiu jogando mal e Henrique, do Vitória, chutou por cima.
Mas foi Wellington Paulista quem teve a melhor chance da Raposa na etapa inicial. Thiago Ribeiro foi à linha de fundo e cruzou na cabeça do atacante, que testou firme. Seguro, Viáfara fez a defesa em dois tempos.
A resposta dos baianos não demorou. Fábio fez brilhante intervenção ao espalmar, para escanteio, uma bomba de Eduardo, da entrada da área. E no último lance da etapa, o Vitória quase marcou, em cabeçada de Elkeson, que passou rente à trave.

Pressão sem efeito
Thiago ribeiro cruzeiro vitóriaThiago Ribeiro foi expulso infantilmente no segundo
tempo (Foto: Juliana Flister / VIPCOMM)
Com Roger no lugar de Jones, que não teve uma boa estreia, o Cruzeiro foi com tudo no segundo tempo para conseguir seu gol. Wellington Paulista quase abriu o placar no início da etapa ao pegar de primeira o cruzamento de Rômulo, mas acabou mandando para fora.
E quando a Raposa era melhor na partida, a defesa bobeou. Júnior recebeu na intermediária, driblou Gil e mandou uma bomba da entrada da área, sem chances para Fábio. Silêncio no Ipatingão.
O gol desestabilizou completamente o Cruzeiro, que viu o adversário perder seguidas chances de ampliar, com Júnior e Henrique. Nas duas oportunidades, os baianos mandaram para fora de frente para o gol.
O Rubro-Negro cansou de perder gols e quase levou o empate. Wallyson, que havia entrado na vaga de Diego Renan, chutou, e Viáfara espalmou para o meio da área, mas Wellington Paulista, incrivelmente, mandou por cima.
E a noite não era para os atacantes da Raposa. Thiago Ribeiro reclamou infantilmente do pedido do árbitro para a entrada da maca em campo e foi expulso. No final do jogo, o zagueiro Anderson Martins também levou o cartão vermelho, após agredir Wellington Paulista.

Na estreia de Deco, Flu e Vasco empatam em clássico emocionante


Na estreia com a camisa tricolor, Deco teve a chance de sair como herói aos 40 minutos do segundo tempo. A bola apareceu limpa para o meia fazer o gol da vitória. Mas o chute foi parar nas nuvens e os gritos de "Deco, Deco, Deco..." vieram, ironicamente, da torcida cruzmaltina. No último lance do clássico, Carlos Alberto também poderia virar o nome do jogo. Mas o chute cruzado, aos 47, passou muito perto da trave direita de Fernando Henrique. Os dois lances mostram como o clássico foi emocionante, com direito a quebra de recorde e que vai entrar para a história como o maior público do Campeonato Brasileiro de 2010. No total, 80.080 torcedores estiveram, neste domingo, no Maracanã, para acompanhar o empate de 2 a 2 entre Fluminense e Vasco, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Gum, Éder Luis, Fagner e Julio Cesar, pela ordem, marcaram os gols da partida.
Com o resultado, o Fluminense segue na liderança do Campeonato Brasileiro com 33 pontos, mas viu a diferença para o Corinthians - que venceu o São Paulo por 3 a 0 - diminuir para dois pontos. Já o Vasco segue em evolução. Está com 21, em nono lugar, agora na frente do Flamengo. Paulo César Gusmão manteve a invencibilidade e é o único técnico que ainda não perdeu na competição. Na próxima rodada, o Fluminense viaja até Goiânia para enfrentar o Goiás, penúltimo colocado, na quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), no Serra Dourada. Já o Vasco encara o São Paulo, no Morumbi, às 22h.
Gum e Eder Luis marcam no primeiro tempo
deco fluminense vascoDeco teve atuação discreta na estreia. E perdeu um
gol incrível (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Foi um espetáculo digno do Maracanã, que a partir desta segunda-feira começa a receber as obras para a Copa do Mundo de 2014, orçadas em R$ 705 milhões. O palco mais tradicional do futebol brasileiro vai ter a capacidade reduzida parcialmente para 45 mil torcedores com a retirada das cadeiras inferiores nesta primeira etapa das reformas.
Tricolores e vascaínos lotaram o estádio, acabaram com todos os 66.757 ingressos colocados à venda. Quando os dois times entraram em campo, o que se viu foi uma linda festa nas arquibancadas. A torcida cruzmaltina, com milhares de balões brancos entre as bandeiras, montou um lindo cenário. No outro lado, o tradicional mosaico simulava a bandeira do Fluminense e três faixas ao longo do anel superior formavam a frase "Orgulho de ser tricolor".
Em campo, clima de paz. Escolhido pelos torcedores em uma votação pela Internet, o goleiro Fernando Prass usava a camisa 112, uma homenagem ao aniversário do Vasco no último sábado. Enquanto Fernando Henrique se ajoelhava, beijava cada uma das luvas e pedia ajuda dos céus, Carlos Alberto corria para o banco tricolor para dar um forte abraço no amigo Deco, que começava a partida na reserva.
Veio o apito inicial. Pela primeira vez, Paulo César Gusmão escalou Carlos Alberto, Felipe, Zé Roberto e Éder Luis juntos. Para isso, o treinador mudou o esquema tático do Vasco para o 3-5-2 e deixou Felipe como ala na esquerda, como no início da carreira. O Fluminense começou melhor, na pressão. Conca tinha liberdade para jogar. O Vasco demorou a acertar o posicionamento. Rapidamente, o Tricolor percebeu que o caminho era pelo alto. Emerson tentou primeiro. Mas cabeceou fraco e no meio do gol. Mas aos seis minutos, após cobrança de escanteio de Conca, Gum subiu mais alto que a defesa. Fernando Prass ainda fez um milagre e evitou o gol após a cabeçada. Mas a bola sobrou para o zagueiro, que soltou a bomba e estufou a rede. Fluminense 1 a 0.
O Vasco estava assustado. E Conca poderia ter feito o segundo. Após uma arrancada impressionante, o argentino perdeu o equilíbrio ao entrar na área e não conseguiu concluir. Mas após os 15 minutos iniciais, o Fluminense diminuiu o ritmo, e a torcida tricolor se calou na arquibancada. E, aos poucos, o Vasco foi se organizando. Felipe saiu da esquerda e foi mais para o meio. Zé Roberto se movimentava mais. O Time da Colina passou a ter mais o controle de bola.
Mas o jogo estava travado, com poucos espaços. A solução parecia estar na bola parada. Falta na entrada da área. Ótima chance. Mas Carlos Alberto acertou a barreira. O empate poderia ter vindo pelo alto. Felipe cobrou escanteio, Nilton desviou, e Carlos Alberto apareceu livre na segunda trave com o goleiro Fernando Henrique já batido no lance. Mas o meia-atacante concluiu para fora 
O capitão cruzmaltino, porém, se redimiu aos 37 minutos. Em um ótimo contra-ataque, Carlos Alberto deu um passe primoroso para Éder Luis. Na cara de Fernando Henrique, o atacante tocou rasteiro e deixou tudo igual: 1 a 1. Na comemoração, o camisa 19 correu todo o campo e foi dar um forte abraço no técnico Paulo César Gusmão para acabar com qualquer dúvida de que a relação entre os dois estaria arranhada.
Os dois times voltaram sem mudanças para o segundo tempo. E o clássico recomeçou eletrizante. Logo no primeiro minuto, Julio Cesar arriscou da entrada da área, e Fernando Prass voou no canto direito para espalmar para escanteio. A resposta veio em alto estilo. E parecia replay do primeiro gol vascaíno. Contra-ataque, Carlos Alberto novamente encontra Fagner livre entre os zagueiros. O lateral, com muita calma, toca rasteiro na saída de Fernando Henrique. Era a virada cruzmaltina: 2 a 1.
Em desvantagem, o Fluminense se lançou ao ataque. Emerson, bem marcado, não conseguia espaços. Mas lutava como poucos. E o esforço foi recompensado. Aos 14 minutos, o atacante não desistiu de um lance na linha de fundo, pressionou Felipe e aproveitou uma distração do vascaíno para roubar a bola e cruzar para a área. A pane da defesa parece ter contaminado Zé Roberto, que interceptou o passe, mas também não tirou a bola da área. E foi desarmado por Julio Cesar, que chutou no canto esquerdo de Fernando Prass para empatar o clássico.
Logo após o segundo gol tricolor, Paulo César Gusmão resolveu tirar Felipe, cansado. No Flu, Deco finalmente entrou em campo aos 29 minutos. Mas o meia pouco produziu. O jogo ficou amarrado, com poucas oportunidades de cada lado.
Na melhor chance, a estrela tricolor falhou e isolou para longe a vitória. Julio Cesar fez boa jogada pela esquerda e centrou. A defesa vascaína dormiu e deixou Deco livre na marca do pênalti. O meia tinha tudo para marcar o gol da vitória e sair do Maracanã como herói. Mas o chute ganhou altura e passou muito longe do travessão de Fernando Prass . O nome de Deco foi cantado em alto e bom som. Mas pelos torcedores vascaínos. E no último lance do clássico, Carlos Alberto fez ótima jogada, entrou na área e chutou cruzado. A bola passou rente à trave. Final no Maracanã: 2 a 2.