quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Vitória vence Palmeiras em casa e abre boa vantagem na Sul-Americana


Elkeson Vitória Marcio Araujo Palmeiras
O campo não era dos melhores - esburacado e cheio de lama. O jogo também não foi um espetáculo. Mas o Vitória deu um passo importante para conseguir uma vaga à segunda fase da  Copa Sul-Americana. Na busca por um lugarzinho na Libertadores de 2011, o time baiano venceu o Palmeiras por 2 a 0 e tem agora boa vantagem para a partida seguinte do confronto, marcada para a próxima quinta-feira, no Pacaembu. O Rubro-negro, que na última semana perdeu a Copa do Brasil para o Santos, ainda prolongou o jejum de Luiz Felipe Scolari à frente do Alviverde.
Errando muitos passes e abusando das faltas, o Palmeiras chegou ao sexto jogo sem vencer. Somando as partidas do Campeonato Brasileiro, Felipão coleciona agora com o Alviverde duas derrotas (havia perdido também para o Avaí) e quatro empates (Botafogo, Ceará, Corinthians e Goiás).
Os gols de Ramon e Neto Coruja, ambos oriundos de jogadas de bola parada, deixam o Vitória em uma situação confortável para o confronto em São Paulo. Agora, para ficar com a vaga, o Alviverde precisa vencer por três gols, sem sofrer nenhum.
Antes de se enfrentarem novamente pela Sul-Americana, as equipes fazem duelos pelo Nacional. O Palmeiras recebe o Atlético-PR, sábado, no Pacaembu, enquanto que o Vitória revive a decisão da Copa do Brasil com o Santos, no Barradão.
Emoção só com bola parada
Depois de ter treinado um esquema com três zagueiros na Academia de Futebol, Luiz Felipe Scolari acabou optando no tradicional 4-4-2. Estreante da noite, Rivaldo foi deslocado da contenção para a armação das jogadas, tendo atrás um trio de volantes: Edinho, Pierre e Márcio Araújo. A marcação mais cerrada, aliada ao gramado ruim, ajudaram o Palmeiras a contar o ímpeto do Vitória.
Ainda de ressacada pela perda da Copa do Brasil, o time baiano armou um jogo truncado com o rival paulista. Foram poucos os momentos com lances emocionantes da disputa. Mas nas poucas vezes em que eles ocorrem, a bola parada foi o que levou perigo aos goleiros Deola e Lee.
O primeiro a arriscar foi o Vitória. A batida de falta de Ramon, aos 23 minutos, obrigou o arqueiro alviverde a fazer boa defesa. A resposta palmeirense veio dois minutos depois, também em jogada de bola parada. Rivaldo cobrou falta pelo lado esquerdo da defesa baiana, e Danilo subiu mais alto que toda a zaga. Para sorte do Rubro-negro, Lee estava bem colocado e conseguiu tirar para a linha de fundo.
Em um raro momento de perigo com a bola rolando, Schewnck e Ramon fizeram bela tabela na entrada da área palmeirense, mas Danilo conseguiu salvar o perigoso chute do camisa 10 do Vitória, principal articulador das jogadas.
Percebendo que o Palmeiras estava perdendo as jogadas, principalmente pelo lado esquerdo, Felipão não hesitou em fazer uma mudança logo na primeira etapa. Irritado com as faltas de Armero, o treinador, aos 42 minutos, sacou o colombiano e pôs o atacante Luan em seu lugar, passando Rivaldo para a lateral esquerda. Mas a eficácia ou não da alteração ficaria para a segunda etapa...
Bolas paradas e gols do Vitória
O veneno da batida na primeira etapa apareceu novamente no segundo tempo. Mas, desta vez, o chute de Ramon foi preciso, sem chances para Deola. Logo aos 2 minutos, Pierre cometeu falta boba e Elkeson, esquecendo-se que uma cobrança de falta na entrada da área poderia ser fatal. E o veterano meia de 38 anos não desperdiçou a chance que teve e abriu o marcador para o time da casa: 1 a 0 Vitória.
A perfeição de Ramon levou Felipão ao desespero. O técnico palmeirense parecia não acreditar que seu jejum seria prolongado - já são seis jogos sem vitórias. Toninho Cecílio, por outro lado, celebrava a primeira conquista logo na estreia como treinador dos baianos um dia depois da sua chegada a Salvador.
O desespero palmeirense se refletia nos números. Aos 15 minutos de jogo, o time de Felipão já havia cometido 19 faltas, nove a mais que o rival baiano. Na frente, o trio Tadeu, Ewerthon e Luan não conseguia acertar as jogadas para chegar ao gol de Lee. E Scolari esgoelava no banco de reservas por causa dos erros de passes.
Com o gramado ruim, Felipão apostou em Max, atleta que estava encostado na Academia de Futebol, para arriscar na bola aérea. Mas o sistema ofensivo palmeirense seguia desorganizado e errando passes no meio-campo.
Enquanto isso, Toninho Cecílio sacou Schwenck, que não aparecia bem no jogo, para a entrada de Júnior. Além do experiente atacante de 34 anos, o treinador baiano ainda contava com o jovem Elkeson, que dava trabalho aos defensores do time paulista. Mas foi a bola parada que novamente levou perigo ao gol de Deola. Egídio encontrou Neto Coruja na área, que cabeceou bem e fez o arqueiro alviverde se esticar todo para evitar o 2 a 0, aos 37 minutos.
Aos 43, a bola parada deu números finais ao jogo. Em cobrança de Egídio, Neto Coruja acertou a cabeçada que deu boa vantagem ao Vitória para o duelo em São Paulo: 2 a 0. E Felipão segue penando para acertar as coisas com o Palmeiras...

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