domingo, 22 de agosto de 2010

Na reestreia de Valdivia, Guarani e Palmeiras ficam no empate sem gols


O calor atrapalhou, e a falta de ritmo dos reforços também. Portanto, o 0 a 0 entre Guarani e Palmeiras, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro, não poderia ter sido mais justo (assista aos principais lances no vídeo ao lado). Neste domingo, no Brinco de Ouro da Princesa, os dois alviverdes criaram boas chances de gol, pararam nos goleiros e sofreram com o sol a pino em Campinas - principalmente no primeiro tempo. 
As duas equipes ficam estacionadas no meio da tabela após 15 rodadas do Brasileirão. Os comandados de Luiz Felipe Scolari sobem para 20 pontos. O Guarani tem um a menos: 19.
Do lado palmeirense, Valdivia reestreou depois de dois anos longe e notou que precisa de mais tempo para se readaptar ao futebol brasileiro. Pelo Bugre, o atacante Rômulo também fez seu primeiro jogo, mas sumiu no meio da defesa adversária.
Ainda se arrumando com os reforços, o Verdão mostrou uma irregularidade natural. Após bela classificação na Copa Sul-Americana diante do Vitória, o time teve apresentação bem mais modesta no Brinco de Ouro.
Baiano Marcos Assunção Guarani x Palmeiras
Baiano e Marcos Assunção em disputa de bola (Foto: Ag. Estado)
Poucas chances e paradinha para a água
Embalado pela classificação épica na competição internacional, o Verdão começou fazendo pressão e chegou a assustar a defesa bugrina. Com facilidade pelo lado esquerdo, Rivaldo e Luan fizeram boa dupla no setor e protagonizaram o primeiro bom lance da partida. Aos seis minutos, o atacante passou pela marcação e cruzou para trás. Dentro da pequena área, Rivaldo aproveitou a bobeada da zaga e chutou no travessão.
No entanto, o calor não perdoou os atletas no Brinco de Ouro. Principalmente os palmeirenses, que diminuíram um pouco o ritmo e viram o Guarani crescer em campo. Com um homem a mais do que o Verdão no meio de campo, o time da casa passou a dominar as ações e arriscar chutes de longe.
Marcos teve de trabalhar bem em duas situações parecidas. Primeiro, aos 16, Ricardo Xavier limpou a marcação e chutou da intermediária, exigindo grande defesa do goleiro. Aos 20, foi a vez de Mazola se livrar da defesa e bater de curva, para nova intervenção do camisa 12.
Após a metade do primeiro tempo, o ritmo caiu tanto que o árbitro Sálvio Spínola decidiu fazer uma parada técnica de um minuto para os jogadores tomarem água e se refrescarem.
No retorno, poucas emoções. Os dois times preferiram trocar passes com mais calma, poupando esforços para a segunda etapa. Quem aproveitou a "moleza" foi Mazola. Ligado, ele se envolveu em um princípio de confusão após um choque com Márcio Araújo dentro da área. E, no lance final do primeiro tempo, mostrou habilidade ao aplicar o famoso drible do elástico em Fabrício.
Mago volta, e dupla dura pouco
O que todo torcedor palmeirense esperava há semanas aconteceu depois do intervalo. Vestindo a camisa 10 e recebendo todo o carinho dos fãs que compareceram ao Brinco de Ouro, Valdivia reestreou ao entrar no lugar de Fabrício. Além da novidade, o técnico Luiz Felipe Scolari pretendia abandonar o esquema com três zagueiros e reforçar o meio de campo, dominado pelo Bugre.
Nos primeiros lances, o meia chileno claramente sentiu a falta de ritmo, mas em pouco tempo reeditou as tabelinhas com Kleber, companheiro de equipe na primeira passagem do Mago pelo Palmeiras. Para tristeza da torcida - e de Felipão - a dupla só durou 15 minutos. O Gladiador deixou o campo sentindo dores na coxa e deu lugar a Ewerthon.
Em uma repetição da primeira etapa, o Guarani voltou a dominar as ações depois de um bom início palmeirense. Em dois lances seguidos, Mazola e Rodrigo Heffner quase marcaram para o time de Campinas. O primeiro girou em cima da zaga e bateu de pé direito, que não é o bom, para tranquila defesa de Marcos. Já o segundo avançou pela direita e chutou na rede, mas pelo lado de fora.
fabrício palmeiras mazola guarani
Fabrício tenta tirar a bola de Mazola (Foto: Mario Ângelo / Agência Estado)
Mesmo com o sol já escondido, as duas equipes pareciam lentas em campo. Felipão tentou dar novo ânimo ao colocar o garoto Patrik no ataque. Vagner Mancini promoveu a estreia do grandalhão Rômulo, procurando explorar melhor as bolas aéreas. Muito bem marcado, Valdivia pouco produzia.
A situação do Verdão se complicou após uma falta de Marcos Assunção em Mazola, que causou a expulsão do volante. Foi o terceiro cartão vermelho dele no Brasileirão - antes, havia levado contra Grêmio e Botafogo. O Guarani foi para o ataque em busca do gol da vitória.
O Palmeiras só se arriscou nos contra-ataques. E aí, menos vigiado, Valdivia apareceu um pouco mais. Foi dele o passe que deixou Patrik na cara do gol. O atacante chutou cruzado, e Emerson salvou o Guarani, fazendo com que o zero não saísse do placar no Brinco de Ouro.

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